Um palhaço todo suado, com uma camisa onde se lê "me abrace", vem ao encontro de uma professora neurótica no Centro do Rio. Parte dos leitores sente repulsa, enquanto outros torcem para que o abraço se consuma. Alguém sugere que o palhaço poderia ser um batedor de carteiras. Uma pessoa acusa a professora de ser um monstro por ter fugido daquela manifestação de afeto. E então o assunto descamba para os tipos alternativos de chatos. É assim que se inicia "Kkkrônicas, a comédia da vida compartilhada, curtida e comentada", um livro que é, sobretudo, coletivo. A gente se diverte com as histórias pinçadas do cotidiano por Milla Benicio, e mais ainda com os autores dos comentários, que se tornam personagens e levam às crônicas a rumos imprevisíveis. O resultado é literatura de qualidade em um formato completamente inovador.