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O Alienista

O Alienista

Sinopse

Publicado em 1882, O Alienista é uma narrativa humorística e extremamente irônica do Bruxo do Cosme Velho (como ficou conhecido Machado de Assis após o poema "A um Bruxo, com Amor," de Carlos Drummond de Andrade) — tão irônica que divide até mesmo os críticos: trata-se de um conto longo ou de uma novela curta? Em seus treze capítulos, o autor, divertindo e divertindo-se com as teorias psicológicas de fins do século XIX, põe em cena a loucura e a fronteira entre ela e a chamada "normalidade". Desenvolvido em terceira pessoa, o enredo dessa narrativa acompanha os passos equívocos do alienista Simão Bacamarte ("alienista" corresponde ao que hoje chamamos "psiquiatra"), que, após anos distante de sua cidade, retorna a Itaguaí, interior do Rio de Janeiro, onde se casa e passa a clinicar. As grandes teorias que ele aprendeu no mundo, ele está disposto a pôr em prática no diminuto espaço provinciano de sua pequena Itaguaí. Hipnotizado pelo método científico, que em seu caso se torna progressivamente uma espécie de paranoia, ele o aplica até mesmo no ato de matrimônio — com resultado frustrante, uma vez que da escolha da esposa sadia, em seus termos, não resultam os esperados filhos. Contudo, esse insucesso pessoal o liberará para concentrar suas energias físicas e intelectuais, de cientista metódico, no tratamento dos alienados de seu município, em seu asilo de loucos, logo chamado de Casa Verde. Diz o narrador a certa altura: "A Casa Verde foi o nome dado ao asilo, por alusão à cor das janelas, que pela primeira vez apareciam verdes em Itaguaí. Inaugurou-se com imensa pompa; de todas as vilas e povoações próximas, e até remotas, e da própria cidade do Rio de Janeiro, correu gente para assistir às cerimônias, que duraram sete dias." O que ocorrerá daí em diante... caberá ao leitor descobrir — porém esteja certo desde já: é coisa de louco — no que se refere a Simão Bacamarte — , a que o Bruxo do Cosme Velho deu tintas de humor e a que conferiu a magia da arte que vence o tempo — coisa de gênio, no que se refere a Machado de Assis. A ortografia foi atualizada em respeito ao Acordo Ortográfico dos Países de Língua Portuguesa.