Nos tumultuosos anos 90, os Bálcãs foram palco de uma complexa trama política que teve suas raízes nas intrigas revisionistas do líder iugoslavo Josip Broz Tito. Emergindo como um herói da resistência antifascista durante a Segunda Guerra Mundial, Tito logo se viu envolto em uma teia de ideologias conflitantes e alianças voláteis.A história dos Bálcãs nos anos 90 é intrinsecamente ligada à figura de Tito e ao seu revisionismo titoísta, que desafiou as doutrinas marxistas-leninistas estabelecidas. Sob sua liderança, a Iugoslávia se afastou da União Soviética, abraçando uma forma distorcida de socialismo que, na verdade, pavimentou o caminho para a restauração do capitalismo.Enquanto Tito e seus seguidores se mantinham como guardiões do socialismo, na prática, eles minavam os ideais revolucionários e alimentavam ideologias nacionalistas e fascistas latentes. Essa traição aos princípios socialistas teve consequências devastadoras, permitindo o surgimento de facções extremistas, como os chetniks na Sérvia, que perpetraram atrocidades durante uma guerra brutal.Hoje, a história revisionista de Tito é manipulada pelos russos como parte de uma narrativa anti-OTAN e anti-EUA, obscurecendo os fatos históricos relacionados à República Federal da Iugoslávia e expondo a herança sombria da política sérvia. A negação da posição da Sérvia na antiga Iugoslávia e a relativização de seu legado revelam a influência persistente do revisionismo titoísta e seus filhos , que continuam a moldar o destino da região. Os Filhos do Revisionismo mergulha nas intricadas teias políticas dos Bálcãs, explorando como as escolhas de Tito ecoaram através do tempo, desencadeando uma série de eventos que moldaram não apenas a história da região, mas também o cenário político global.